“Eu não sou de exatas!” – Essa é uma expressão comum entre muitos estudantes quando se deparam com disciplinas como matemática, física ou química. A ideia de que algumas pessoas possuem uma inclinação natural para as ciências exatas, enquanto outras são mais voltadas para as áreas humanas ou artísticas, é uma crença que há muito tempo permeia nosso sistema educacional e cultural.
No entanto, o avanço da neurociência e novas perspectivas sobre o aprendizado nos mostram que essa divisão não é tão rígida como se imagina. Neste artigo, vamos explorar como qualquer pessoa pode se envolver e ter sucesso no mundo das exatas, mesmo que em algum momento tenha acreditado que não era “adequada” para essa área.
Se você já disse a frase “Eu não sou de exatas!”, convido-o a embarcar nesta jornada de descoberta e superação de limites, pois aqui, veremos que não há fronteiras para o conhecimento e que todos são capazes de expandir seus horizontes acadêmicos.
Desafios do vestibulando
A preparação para o vestibular é um processo desafiador e estressante para muitos estudantes. Com tantas disciplinas para estudar e habilidades para desenvolver, é fácil se sentir sobrecarregado e sem saber por onde começar.
Além de todo o conteúdo que você deve absorver é comum sentir-se inseguro diante da concorrência acirrada, pois frequentemente as vagas são limitadas e disputadas por muitos candidatos. Lida-se também com a dificuldade em enfrentar a pressão dos pais, familiares e amigos, que aguardam ansiosos por um excelente desempenho no vestibular.
Esses desafios adicionais aumentam a carga emocional e mental durante esse período crucial de nossas vidas, podendo causar dúvidas em relação à nossa própria capacidade de estudo e aprendizado. Também pode levar a uma redução da autoestima e falta de confiança.
Calma! Não se desespere!

Como professor com anos de experiência no ensino de física, preparando inúmeros estudantes para enfrentar os desafios dos vestibulares e olimpíadas científicas, meu objetivo é amenizar essa carga e tornar o processo de preparação para o vestibular o mais eficiente e eficaz possível.
Nós professores entendemos o peso e a ansiedade que esses momentos decisivos podem exercer sobre os alunos. Por esse motivo, meu compromisso e objetivo ao criar este site são de proporcionar todo o suporte necessário para tornar essa fase mais leve e proveitosa.
A jornada realista para o aprenzidado
Certamente você sabe que não existe uma fórmula mágica que, em um estalar de dedos, todo o conteúdo é gravado em nosso cérebro e está pronto para ser utilizado!
Muito se tem visto aqui na internet sobre métodos inovadores que garantem acertos superiores a 90% nos vestibulares. Entretanto, mesmo a melhor técnica ou método não trará resultados se não for acompanhada pela atitude certa, ação que torne o processo de estudos verdadeiramente eficiente.
Eu não nasci para isso!
Ao longo dos quase 20 anos de minha carreira como professor de física, ainda é comum, infelizmente, ouvir de alguns alunos as seguintes frases:

“Eu não sou de exatas!”
“Eu não nasci para física!”
“Meu cérebro é de humanas!”
“Física não entra na minha cabeça!”
Muitas pessoas acreditam que a habilidade de “ser bom em física” é inata, ou seja, uma aptidão com a qual se nasce. É muito comum ouvimos falar das “pessoas de humanas”, “pessoas de exatas” e “pessoas de biológicas”, categorias que muitas vezes parecem nos definir desde cedo. Mas, será que essas divisões realmente nos limitam? Segundo os estudos da neurociência, a resposta é um enfático não! Nosso cérebro é uma verdadeira maravilha da natureza, dotado de uma incrível capacidade de aprendizado e adaptação.
Essa ideia de “não ser bom em exatas” pode ter raízes em dificuldades passadas em disciplinas de exatas, como notas baixas ou falta de compreensão, o que pode levar a uma percepção negativa de si mesmo e a perpetuação dessa concepção limitante.
Além disso, a visão negativa das ciências exatas é frequentemente justificada pelo fato de que, muitas vezes, essas disciplinas são ensinadas de maneira incrivelmente chata e sem significado, o que acaba afastando as pessoas.
Somando a isso, as aulas de física tradicionais (fortemente influenciadas pelos exames vestibulares) valorizam em excesso a rapidez com que os alunos devem resolver os exercícios, o que desestimula os que não conseguem acompanhar o ritmo. Essa combinação de percepções pessoais e métodos de ensino pode causar prejuízos significativos.
Outro fator limitante são os estereótipos retratados pela mídia, sugerindo que a física e as disciplinas de exatas de um modo geral são disciplinas apenas para pessoas com determinadas características bem definidas. Frequentemente são associadas a características masculinas ou nerds. Indivíduos que não se identificam com tais estereótipos tendem a desconsiderar a possibilidade de seguir carreira na área.

Lamentavelmente, essa mentalidade é replicada dentro do ambiente familiar, onde, diante da primeira dificuldade com disciplinas de exatas, a pessoa é confortada com a frase “ah, mas não é para você mesmo, faz outra coisa”.
Essa atitude, assim como o comentário frequente de pais que compartilham suas próprias dificuldades em física, acaba desencorajando o aluno a se dedicar e superar os desafios. Essa abordagem pode influenciar negativamente a motivação do estudante, privando-o da oportunidade de desenvolver suas habilidades e enfrentar os obstáculos com determinação.
Rompendo as barreias
Já é comprovado pela neurociência que a crença de “não nascer com um cérebro de exatas” é falsa! Não se trata de apenas acreditar no próprio potencial, mas entender que, fisiologicamente, nosso cérebro é maleável o suficiente para aprender e crescer com os erros, ou seja, saber que inteligência é algo mutável, e não predeterminado. A neurociência chama isso de plasticidade cerebral.
Então, a primeira atitude que um estudante com dificuldades em física (ou qualquer outra área) deve ter para vencer essas barreiras é saber que o seu cérebro é capaz de aprender. Tenha em mente que, quando você sai de sua zona de conforto e se esforça, seu cérebro é forçado formar novas conexões. Lembre-se que tudo é difícil antes de se tornar fácil.
“Todas as verdades são fáceis de perceber depois de terem sido descobertas; o problema é descobri-las.”
Galileu Galilei
Aprender física definitivamente não é uma tarefa fácil. Assim como na trajetória de muitos estudantes, minha jornada até me tornar professor de física também foi repleta de altos e baixos, permeada por inúmeros desafios. Durante o ensino médio, eu enfrentei muitas dificuldades em física, ao mesmo tempo em que me destacava nas matérias de humanas.
As complexidades da física muitas vezes me deixavam desanimado, mas eu estava determinado a superar minhas limitações. Com muito esforço, dedicação e a ajuda de professores e colegas, gradualmente comecei a compreender os conceitos e a me apaixonar por essa ciência fascinante.
Cada pequena vitória conquistada alimentava minha vontade de continuar aprendendo e aprimorando meu conhecimento. Com o tempo, as barreiras foram sendo rompidas, e a superação das dificuldades me impulsionou a buscar um caminho onde eu pudesse compartilhar minha paixão pela física e ajudar outros estudantes a enfrentarem seus próprios desafios.
Hoje, como professor de física, tenho a oportunidade de ajudar meus alunos em suas próprias jornadas, sabendo que a perseverança e o esforço podem transformar obstáculos em oportunidades de crescimento e realização.
É normal que os resultados não apareçam de imediato, mas é crucial lembrar que o processo de domínio dessa ciência demanda paciência e dedicação. Portanto, é fundamental encarar os obstáculos com determinação, sabendo que cada aprendizado é uma vitória que nos aproxima da realização dos nossos sonhos.
Deixe de pensar que a física é somente para alguns poucos e você será de fato capaz de aprender a disciplina. Mesmo que você não compartilhe da mesma afeição pela física como eu, seja um entusiasta do aprendizado, isto é, desenvolva o desejo e a motivação para adquirir conhecimento.

Agora que você compreende que todos somos capazes de aprender e está animado para começar a explorar a física, é hora de colocar em prática todo o seu conhecimento!
Porém, se você precisa de mais orientações, confira o conteúdo do post “Tem jeito certo de aprender física?” ou acesse a categoria “Dicas de estudo” e confira conteúdos relacionados.
Além disso, na nossa área de membros você encontra diversos recursos que vão te auxiliar a obter o sucesso nos estudos que você tanto deseja. Clique aqui e confira!
Você também pode contribuir participando das discussões com outros colegas compartilhando suas próprias descobertas deixando seus comentários abaixo. A jornada para o conhecimento é infinita, e o primeiro passo começa com ação. Então, mãos à obra e que essa jornada lhe traga ainda mais sucesso e satisfação!
Bons estudos!
Prof. Tiago JP
1 comentário em “Eu não sou de exatas! E agora?”
Não percam essa oportunidade! O professor Tiago é fera! Sabe muito e sabe transparecer o assunto. Grande abraço, professor!